É claro que, com o voto, podemos eleger pessoas do bem, compromissadas com a moralidade, a ética, a justiça, etc. Mas, o que a igreja tem de melhor para mudar o Brasil é o voto? Não! As nossas armas são a intercessão, a evangelização e o exemplo de uma vida santa.
Que tipo de exemplo têm dado os líderes evangélicos que acusam certos politicos? Tem sido a igreja evangélica brasileira um referencial ético, moral e social? O Senhor Jesus disse que o seu Reino não é deste mundo (Jo 18.36). Como cidadãos, devemos votar. Mas a militância política não é a nossa tarefa prioritária. (...)
Considero louváveis, até certo ponto, os movimentos para induzir os crentes a não votarem em candidatos contrários aos princípios bíblicos e favoráveis à imoralidade. Mas eu gostaria de ver líderes evangélicos estimulando o povo de Deus a orar mais pelas autoridades constituídas, obedecendo ao que está escrito em 1 Timóteo 2.1-3. Queria ver, também, líderes pregando o verdadeiro Evangelho, que confronta o pecado (aborto, homossexualismo, imoralidade, etc.), em vez de promoverem shows, que apenas agradam as multidões incautas.
Penso que a criticidade ácida contra alguns politicos e seus partidos está sendo levada ao extremo por alguns líderes evangélicos, em detrimento da oração, da evangelização e do exemplo. Creio que é melhor orar mais, evangelizar mais, influenciar mais. E acusar menos. Não vejo no Novo Testamento uma igreja politizada. Vejo, antes, uma igreja cujos líderes afirmavam: “nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6.4).
Escrito por Ciro Sanches Zibordi
Fonte : CPADNews